domingo, 4 de março de 2012


Competição x Compaixão (Liderança)

POSTADO POR MARCO FABOSSI MARÇO - 4 - 2012 0 COMENTÁRIO
 Em 1992, nas Olimpíadas Especiais de Seattle, nove participantes com alguma deficiência ou limitação mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com muita vontade de dar o melhor de si, e terminar a corrida.
Logo depois da largada, um dos garotos tropeçou, caiu e começou a chorar.
Os outros oito participantes perceberam o que havia acontecido, diminuíram o passo, olharam para trás, e decidiram voltar até onde estava o menino chorando pela dor do tombo, e pela frustração.
Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto, passou a mão em sua cabeça, e disse:
- Pronto, pronto, agora vai sarar!
O menino então se levantou, e todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.
Você não ganha a medalha de prata. Você perde a de ouro”: Esta era a frase exibida no quadro de anúncios dos Jogos Olímpicos de Atlanta há alguns anos, que reflete exatamente o que a maioria das pessoas do mundo corporativo pensa: “Nesse mundo existem mais perdedores do que ganhadores”, portanto, heróis são aqueles que vencem, que chegam em primeiro lugar, e que ganham a “medalha de ouro”.
Felizmente, contudo, existe um outro mundo, onde os heróis são modelos de compaixão e não de competição; onde vitoriosos são aqueles que conseguem ajudar as pessoas a tornarem-se, não apenas melhores profissionais, mas melhores seres humanos. Organizações que contam com líderes espiritualmente inteligentes.
Uma organização “espiritualizada” prioriza o compartilhamento em vez da competição, para evitar que apenas poucos vençam, levando assim todas as pessoas juntas ao primeiro lugar do pódio. Nestas organizações já não existe espaço para cabeças e ambientes evolucionistas onde o lema é “cresça ou morra”, “sobreviva ou desapareça”. Uma organização espiritualmente inteligente age com ética e não tem apenas metas a cumprir, mas causas a realizar.
O treinador Phil Jackson, conhecido por formar times de basquete campeões reunindo jogadores com personalidades difíceis, em seu livro Cestas Sagradas – Lições espirituais de um guerreiro das quadras, diz o seguinte sobre a espiritualidade e o compartilhamento: “A maneira mais eficaz de forjar um time vencedor é apelar para a necessidade dos jogadores se ligarem com alguma coisa maior do que eles. Mesmo para aqueles que não se consideram ‘espirituais’ no sentido convencional da palavra, a criação de um time vitorioso, quer seja um time da NBA ou uma equipe de vendas, é essencialmente um ato espiritual. Exige que as pessoas envolvidas renunciem a seus interesses pelo bem maior, para que o todo se torne maior do que a soma de suas partes”.
Inteligência Espiritual é a capacidade de pensar, sentir e agir crendo que existe algo ou alguém além do tangível ou material que serão impactados por nossas decisões e atitudes, transcendendo assim os limites de tempo e espaço, trazendo consciência, significado e equilíbrio para o papel das pessoas nas organizações, na família, na sociedade e no mundo”. (Marco Fabossi)
Portanto, seja um líder espiritualmente inteligente, e ajude a construir um mundo melhor!

Nenhum comentário: